Aproximadamente 120 mil pessoas padecem de transtornos mentais no país

Cerca de 120 mil pessoas sofrem de doenças mentais em Moçambique, a informação foi avançada por Paulo Anderson técnico de saúde mental do ministério desta área, aquando Apresentação do projecto “Eu Reivindico”.

“Vou cingir-me apenas no nosso relatório deste ano, até agora, foram observados 119.621 casos” disse o técnico.

Trata-se de doenças como depressão, consumo de drogas, esquizofrenia, suicídio, violência sexual e doméstica, entre outras, cujas causas podem ser as mais variadas

“As causas são diversas, num ambiente como o que nós vivemos, ambiente de guerra, uma das causas que pode provocar alguns transtornos pode ser o caso das pessoas que assistem seus familiares a ser mortos, degolados isso pode dar problema mental, há também calamidades, factores físicos, consumo de substâncias psicoativas, são várias” referiu.

Sendo que o país tem somente 2 hospitais psiquiátricos, um localizado em Nampula e outro em Maputo.

Os hospitais provinciais, Distritais, rurais e centro de saúde tem profissionais para tratar os casos de saúde mental.

E segundo, o mesmo: “O Ministério da Saúde faz o esforço de providenciar medicamentos para que esteja disponível na unidade sanitária, onde estão os colegas para poder tratar desses casos de saúde mental”

A doença mental em África é um assunto estigmatizado, constituindo um grande desafio.

No continente o ambiente social támbem não é favorável a uma boa saúde mental, devido às inúmeras situações como conflitos e pobreza.

Já em Moçambique, a saúde mental está pouco estudada e a maioria dos pacientes não tem acesso a tratamento, devido à escassez de recursos, estigma e outro factor é a existência de poucas infraestruturas dedicadas à saúde mental.

Contudo existe um Plano de saúde mental e instrumentos legais para sustentar as iniciativas desta área, com metas estabelecidas até 2026, que corresponde a atualizar políticas e planos, expandir os serviços para todos os distritos com base nos cuidados de saúde primários, aumentar o financiamento, reduzir a taxa de suicídio, entre outras.

De: Custódio Persidónio Cossa

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