Nick Earlam, Presidente do Conselho da Administração, disse numa reunião em Londres, no fim de Junho, que a empresa tinha 165 mil agricultores com sete dependentes cada, sendo que não tinha dinheiro para pagar a todos e, pior ainda, a banca moçambicana não estava em condições em financiar numa região num cenário de violência.
No mês de Julho transacto, a Associação Algodoeira de Moçambique (AMM) disse que, até à data, a posição da Plexus é de se manter em Cabo Delgado, embora no mês anterior tenha manifestado intenção de abandonar a região, alegadamente devido a insegurança na província que continua a agravar-se. Além da insegurança, a Plexus enfrenta um problema económico-financeiro.
Recentemente, a Plexus, empresa britânica, única concessionária de algodão em Cabo Delgado, teve de ser socorrida pelo governo e, em Fevereiro de 2020, os seus cem trabalhadores entraram em greve reclamando quatro meses de salário. No mesmo mês, Celso Correia, ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, prometeu que encontraria uma solução em duas semanas para minimizar a crise financeira da empresa. Transcorridas poucas semanas, o governo entregou 2 milhões de dólares à Plexus para ela pagar aos produtores e voltar a operar.
Ainda em 2020, foi noticiado que a Plexus precisava de aproximadamente 10 milhões de dólares para superar uma crise financeira motivada por má-gestão. O algodão é a fonte de rendimento mais importante para milhares de camponeses nos distritos do sul de Cabo Delgado, particularmente, Montepuez, Balama, Namuno e Chiure. (CartaMZ)
De: Custódio Persidónio Cossa