Decorre de 03 a 07 e de 10 a 14 de Julho, na Escola Nacional de Música, em Maputo, o Primeiro Seminário de Capacitação sobre Construção e Manutenção dos Instrumentos Musicais Tradicionais de Moçambique.
O primeiro ciclo de capacitação vai abranger 18 jovens, futuros formadores do Curso de Construção e Manutenção de Instrumentos Musicais Tradicionais, provenientes das Casas Provinciais de Cultura de Nampula, Quelimane e Inhambane, Cidade e província de Maputo.
O presente seminário está inserido nas acções de formação do projecto Construindo com a Música, uma iniciativa conjunta do Ministério da Cultura e Turismo, a organização não-governamental AGAPE ONLUS da Itália, em parceria com Comune di Milano, Milano Música e Dispason Progetti Musicali, e financiado pela Agência Italiana de Cooperação para o Desenvolvimento (AICS).
A formação pretende dotar os futuros formadores com conhecimentos e visão sobre planificação e gestão de actividades ou negócios neste campo, tornar a prática dos instrumentos tradicionais de Moçambique uma actividade atrativa e sustentável. Outrossim, dinamizar o empreendedorismo juvenil no sector cultural e proporcionar oportunidades de emprego e cultivar uma autoestima racional, relevante, e sustentável, alicerçada em realidades locais.
Luka Mukhavele, é um dos formadores no Primeiro Seminário de Capacitação sobre Construção e Manutenção dos Instrumentos Musicais Tradicionais de Moçambique.
O músico, professor, investigador e construtor de instrumentos musicais, considera que a presente acção de formação “para além de capacitar, vai dar a conhecer aos fabricadores de instrumentos, músicos e a sociedade em geral, o valor e as potencialidades dos instrumentos tradicionais”.
Mukhavele refere que “infelizmente os executores e construtores de instrumentos tradicionais continuam a operar na margem, e parece um favor incluí-los em eventos e outros espaços artísticos”. Isto deve mudar”.
Por isso, para Luka Mukhavele, “esta formação vai contribuir para uma melhor percepção dos instrumentos do ponto de vista técnico, social, simbólico, seu significado e sua relevância”. Sinto que alguns executores e fazedores dos instrumentos tradicionais não têm autoconfiança, por exemplo, são capazes de se sentir inferiores em relação a um guitarrista ou saxofonista, o que não devia acontecer”, concluiu.
Fonte ; Radio Mocambique