As autoridades de Saúde no distrito do Lago, província do Niassa, detectaram, há uma semana, o primeiro caso de Mola Hidatiforme, uma doença cujas caracteristícas são o aumento excessivo do útero, vômitos, sangramento vaginal ou morte fetal. A patologia foi identificada numa rapariga de 17 anos, que aparentava gravidez.
Segundo a Rádio Comunitária de Lago, a rapariga, natural de Chia, Posto Administrativo de Lunho, foi diagnosticada após dar entrada na unidade sanitária local, com problemas de hemorragia sucessiva e desmaios.
Devido à complexidade da doença e à necessidade de cuidados especiais, a jovem foi transportada para o Bloco Operatório da Base Naval, onde foi submetida a uma operação e, agora, goza de boa saúde.
Domingos Abibo, o cirurgião, citado pela Rádio Comunitária de Lago, disse que, na verdade, a rapariga não estava grávida, embora o aspecto físico aparentasse todos os sinais de gravidez. O que aconteceu, disse ele, é que desenvolveu uma anomalia denominada Mola Hidatiforme, que fica no útero como se de uma gravidez se tratasse.
Explanou que se tratava de uma situação incomum, em que houve proliferação exagerada da placenta, havendo no geral atraso menstrual e exacerbação de todas as manifestações comuns à gestão. (CartaMZ)
De: Custódio Persidónio Cossa