Numa altura em que os impactos da greve no sector da saúde se fazem sentir, os médicos convocaram a imprensa para anunciar a suspensão da grave em resposta de esperança dos resultados das negociações em curso lideradas pelo Primeiro Ministro, Adriano Maleiane. Por sua vez e para o grande alvoroço começa quando os restantes profissionais de saúde convocaram a imprensa para anunciar, novamente, a suspensão dos serviços mínimos, uma decisão que já havia sido ultrapassada depois de longas negociações.
O presidente da Associação dos Profissionais de Saúde Unidos e Solidários de Moçambique (APSUM) declarou: ″ Estamos a verificar que o governo tem alocado militares, como é o caso do laboratório do hospital provincial da Matola, onde foram colocados técnicos de laboratório militares”.
Anselmo Muchave prosseguiu: ″gostaria de apelar a um diálogo produtivo entre o governo e os profissionais de saúde, com vista ao regresso destes para garantir serviços de saúde condignos ao povo″.
A associação em relação aos médicos disse estar confortável pela decisão tomada e por se optar por sérias negociações: ″Isso demonstra maturidade de ambas partes″.
Motivos como injustiças salarias, melhores condições de trabalho, disponibilização de suprimentos médicos, melhoramento das condições das unidades levaram a classe a agravar a decisão. Os profissionais exigem celeridade e seriedade na mesa das negociações, pois na sua ausência o povo chora limpa as lágrimas e volta a chorar sem ninguém para ajudar a ultrapassar a dor. Enquanto isso, o povo segue sofrendo sem o mínimo de serviços de quem o devia fazer como dever. (F. Pelembe).