AOS 103 ANOS: Eduardo Mondlane reconhecido pela academia

A UNIVERSIDADE Eduardo Mondlane (UEM) parou ontem para celebrar a dimensão imensurável da vida e obra do ícone da academia, o herói moçambicano Eduardo Chivambo Mondlane, político e fundador da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) e Arquitecto da Unidade Nacional.

O evento teve lugar no Campus da UEM, com o tema “Eduardo Mondlane: Uma Vida, Uma Nação”, com a presença da família Mondlane, académicos e estudantes, que homenagearam o dia do seu nascimento, a 20 de Junho de 1920, em Nwadjahane, distrito de Mandlakazi, província de Gaza.

Mondlane completaria 103 anos de idade se não tivesse sido morto a 3 de Fevereiro de 1969, em Dar-Es-Salaam, na Tanzania.

Os oradores e intervenientes na cerimónia usaram o momento para reconhecer o legado gerado pelo ícone da heroicidade nas áreas académica, política, profissional e também o nome da maior e mais antiga universidade do país.

Naquela instituição de ensino superior foi aberta ao público uma exposição sobre a vida e obra de Eduardo Mondlane, mostrando o percurso histórico do herói nacional.

Para o efeito, estudiosos das Letras, historiadores e representantes da família enalteceram os feitos de Eduardo Mondlane, destacando-o como o primeiro moçambicano e dos poucos africanos que atingiu o título de Doutor numa universidade norte-americana na década de 1960, tendo igualmente trabalhado como relator da Organização das Nações Unidas (ONU), conforme dissertou a Doutora Benigna Zimba, oradora principal do evento.

Zimba falou da personalidade de Eduardo Chivambo Mondlane como académico, que teve início na infância, como pastor de gado bovino e caprino de seus pais, uma função que requer responsabilidade e coragem.

“Grande parte do legado de Eduardo Mondlane está na sua autobiografia, o livro que considero para eternidade, que é “Lutar por Moçambique”. Não é um livro político, mas carrega a história do país vivido por ele. Relata acções da polícia colonial, esquadrões de morte, que eram extremamente repudiáveis”, explicou Benigna Zimba.

No seu legado académico consta ainda a obra “Xitlhango, filho do chefe”, que o trata como o filho do chefe, ao demonstrar à sua família e próximos aquilo que gostava de ser”, apresentou.

Segundo exemplificou a professora universitária, “uma vez Eduardo Mondlane pilou um escorpião e foi entregar à sua avó em repúdio aos trabalhos domésticos, afirmando desta forma a dimensão da sua personalidade. Ele brincava com serpentes, alegando que nenhum dano lhe fariam”, enumerou.

“Celebramos Eduardo Mondlane como um Grande Académico,…

Fonte : noticias

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