REINO UNIDO DENUNCIA “LUTA INTENSA” EM ENERHODAR

Reino unido denuncia “luta intensa” em enerhodar, perto de zaporíjia, os britânicos também apontam ainda para exercícios militares russos, usados principalmente para propaganda.

O relatório matinal desta sexta-feira dos serviços secretos do Ministério da Defesa britânico, sobre a guerra na Ucrânia, referem uma “luta intensa” no sul da Ucrânia, precisamente perto da central nuclear de Zaporíjia (Zaporizhzhia). Isto apesar da presença da missão da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), que está na central a apurar as condições de segurança das infraestruturas.

Numa síntese publicada no Twitter, o Reino Unido destaca os confrontos em Enerhodar, a cidade mais próxima de Zaporíjia.

Simultaneamente, os serviços de inteligência britânicos dizem que “apesar da guerra na Ucrânia, no dia 1 de setembro, as forças armadas russas começaram exercícios na sequência do programa Vostok 22, marcando a culminação do ano de treino militar”.

De acordo com a análise feita pelo Reino Unido, as dificuldades das forças russas na Ucrânia – indicada de forma contínua por vários especialistas e entidades militares, dando conta especialmente o mau treino e mau estado do equipamento russo – demonstram que “exercícios militares estratégicos como o Vostok falharam em manter a capacidade do exército em levar a cabo operações complexas e de larga escala”.

“A Rússia publicamente reivindica que 50 mil tropas participarão nos exercícios; no entanto, é improvável que mais de 15 mil tropas estejam ativamente envolvidas este ano. Isto é cerca de 20% das forças que participaram nos últimos exercícios Vostok em 2018”, dizem os britânicos.

O relatório também diz que “estes eventos são altamente programados, não potenciam iniciativa e o principal objetivo é impressionar os líderes russos e audiências internacionais”.

Ao longo da guerra, os relatórios do Ministério da Defesa do Reino Unido têm destacado a falta de preparação das forças russas antes e durante a invasão ucraniana – uma falta de preparação que se demonstrou no insucesso em tomar cidades cruciais logo no início da guerra, especialmente Kyiv e Kharkiv. Apoiados por armamento enviado pelos Estados Unidos e União Europeia, os ucranianos estão agora a levar a cabo uma contraofensiva, iniciada esta semana, com vista a libertar o sul, na região de Kherson, e proteger a cidade de Kharkiv,

Conforme dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, a guerra na Ucrânia já fez mais de 5.600 mortos civis. No entanto, a organização adverte que o número real de mortos poderá ser muito superior, dadas as dificuldades em contabilizar os mortos em zonas sitiadas ou tomadas pelos russos – em Mariupol, por exemplo, estima-se que tenham morrido milhares de pessoas. (Notíciaaominuto)

 

De: Custódio Persidónio Cossa

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