A inflação anual aumentou 8,23% em Maio deste ano, quando comparado ao período homólogo de 2022. Dados do Instituto Nacional de Estatística revelam que as divisões de alimentação e bebidas não alcoólicas e de transportes foram as que tiveram maior subida de preços. Os preços dos principais produtos têm vindo a disparar, e as análises do Instituto Nacional de Estatística mostram, no seu Índice de Preços ao Consumidor, referente ao mês de Maio, que, apesar de o preço dos combustíveis não ter observado nenhum reajuste em alta nos últimos quatro…
Category: SOCIEDADE
CRIMES AMBIENTAIS E MINERAÇÃO ILEGAL EM TETE: Tribunal emite mandados de captura contra cabecilhas
O TRIBUNAL Judicial da Província de Tete emitiu, há dias, mandados de captura contra quatro indivíduos tidos como cabecilhas da mineração ilegal e poluição ambiental no posto administrativo de Mualadzi, distrito de Chifunde. Segundo dados facultados pelas autoridades judiciais, o tribunal ordenou também o encerramento da referida mina e o arresto de diverso equipamento utilizado para o cometimento de crimes de natureza ambiental, com realce para a poluição dos rios que, consequentemente, afecta a prática da agricultura. Presentemente, decorre uma mega-operação no sentido de retirar os mais de 500 garimpeiros…
UNIÃO NO COMBATE AO TERRORISMO: Massacre de Mueda como fonte de inspiração
FALAR dos acontecimentos do dia 16 de Junho de 1960, em Mueda, na província de Cabo Delgado, é falar de um marco importantíssimo na determinação do povo moçambicano de conseguir a sua independência sem derramamento de sangue, o que leva a crer que o método pacífico para alcançar os seus objectivos esteve sempre presente. Foi na tarde deste dia, cerca das 17 horas, que um pelotão de soldados coloniais disparou metralhadoras e lançou granadas contra a população indefesa que, sem nenhuma manifestação de resistência ou fuga, aceitou ser chacinada…
Primeiro-Ministro empossa seis Secretários Permanentes 6 minutos atrás
O Primeiro-Ministro, Adriano Maleiane, confere posse esta manhã, no seu Gabinete de trabalho, a seis quadros do Estado que passam a assumir as funções de Secretários Permanentes (SP’s) das seguintes instituições: Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano; Ministério da Saúde; Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural; Ministério dos Transportes e Comunicações; Ministério dos Recursos Minerais e Energia e da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos. Fonte : jornal noticías
Estrada Nacional Número 1 já em reabilitação
Já há 18 quilómetros reabilitados na extensão de 2600 quilómetros que compõem a Estrada Nacional Número Um. Já há muito degradada, a Estrada Nacional Número Um tem causado muitos danos aos utentes. E sobre a esperada reabilitação, o ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos, Carlos Mesquita, indicou que já há troços que foram intervencionados. “Já temos cerca de 17 a 18 quilómetros neste momento asfaltados. Em relação à outra parte, junto do projecto do Banco Mundial, estamos numa fase dinâmica de desenvolvimento para a contratação do empreiteiro”, avançou o…
PR apela à adesão à vacinação contra pólio
O Chefe do Estado apelou aos pais e encarregados de educação e à sociedade em geral à maior mobilização das crianças dos zero aos 15 anos, para a vacinação contra a pólio, a arrancar hoje à escala nacional. Falando em Marracuene, Filipe Nyusi referiu que Moçambique está de olhos postos no futuro das crianças, daí que trabalha para a erradicação desta doença. Como resultado dos esforços de combate à poliomielite, tal como referiu o Chefe do Estado, Moçambique recebeu, em 2016, o certificado do país livre do poliovírus selvagem. Fonte…
MISAU recebe 28 ambulâncias do Governo do Japão
A entrega dos meios acontece num contexto em que os profissionais da saúde exigem melhores condições de trabalho. O ministro da Saúde, Armindo Tiago, disse que os equipamentos hospitalares vão melhorar as condições de trabalho dos profissionais de saúde, em todo o país. A doação é do Governo japonês que, além das 28 ambulâncias, inclui vários outros equipamentos e materiais médicos, como duas mil camas articuladas, mais de cinco mil camas simples, mais de duzentos monitores cardíacos, kit de cesariana, kit de amputação, entre outros. O doador, representado pelo embaixador…
Sociedade civil diz que as taxas moderadoras cobradas nos hospitais barram acesso à saúde
Sociedade civil e utentes consideram altos os valores cobrados previamente à prestação de cuidados de saúde. As chamadas taxas moderadoras, aplicadas nos hospitais públicos, podem variar de cinco a dois mil Meticais. Uma gestante que se dirija à sala de parto do Hospital Central de Maputo (HCM), após ser transferida de uma outra unidade sanitária, não paga absolutamente nada. Mas quem vai directamente àquela unidade sanitária paga um valor fixado em 1000 Meticais, a chamada taxa moderadora. Falando à nossa equipa de reportagem, Valódia Maculuve disse que a taxa cobrada…
A chuva que caiu nas últimas 48 horas na Cidade e Província de Maputo fez estragos. Casas desabaram e ficaram inundadas, carros pararam no meio da estrada e as ruas estão quase intransitáveis. Alguns munícipes tiveram de abandonar suas casas. Tudo começou na noite de terça para quarta-feira. Era apenas um sinal do que ainda estava por vir. Esta quinta-feira, o cenário ficou mais evidente. Na Cidade de Maputo, as fragilidades de vários bairros vieram ao de cima. Triunfo, Costa do Sol e Mapulene, bairros chamados de elite, com casas luxuosas, a chuva mostrou, mais uma vez, o seu poderio. Com as ruas alagadas e quase intransitáveis, até os carros de “luxo” tinham dificuldade para medir forças com a água. Para sair de um lugar para o outro, havia duas opções – ou andar descalço ou calçar botas – as calças, vestidos, saias e capulanas eram puxados até ao joelho. “Solidariedade” é uma palavra que fez muito sentido, é que os mais fortes e corajosos carregavam nas costas outras pessoas para poderem atravessar as águas e os sapatos de alguns até se descolaram e os pés começaram a sair bolhas. Foi o que aconteceu com Orlando Baloi, que trabalha no bairro Triunfo. “Quando desci do ‘chapa’, apercebi-me de que isto estava cheio de água, ainda tentei entrar por aqui, mas, por conta da quantidade de água, preferi usar outro caminho, mas sem sucesso, pois, quando cheguei lá, vi que estava pior. Encontrei algumas pessoas que disseram que a água chega a altura da cintura, por isso decidi voltar e enfrentar esta água que chega à altura dos joelhos”, contou. A situação do bairro Triunfo já esteve pior, foi amenizada por uma vala de drenagem, que já está cheia e a transbordar. Se os carros de grande porte ainda conseguiam passar pela água, os de pequeno porte nem podiam tentar. “Os carros pequenos nem adiantam, tive que deixar o meu em casa, não adianta arriscar, ontem tive problemas e não quero piorar a situação do carro”, disse Arlindo Sabor, que trabalha como motorista numa das residências do bairro Triunfo. No bairro Triunfo, a natureza voltou a fazer o mesmo desta vez, tanto que até na Escola Comunitária Ntwanano nem das crianças a chuva teve piedade. Todo pátio está inundado, para entrar e sair da escola, é preciso ter equilíbrio. Para as crianças, foi um dia triste, pois não puderam fazer o que mais gostam: brincar. “Na entrada da escola, colocaram sacos com areia para podermos passar, mesmo assim, molhamos; hoje não brincamos, nem saímos da sala”, contou Shelton, aluno daquela escola. No bairro Costa do Sol, na rua Major-General Cândido Mondlane, mais conhecida por Rua Dona Alice, a situação foi igual à do bairro Triunfo, onde o parque de diversão não escapou da fúria das águas. Segundo relatou ao “O País” o gestor Victor Rodrigues, as águas invadiram o parque, alagando todo o parque de estacionamento, as plantas ficaram todas cobertas de água e não era possível entrar, nem sair do recinto. “A estrada foi construída muito acima do nível e ao invés de ir lá para fora através do nosso sistema de escoamento, ela ‘regressa’; a situação piora porque os responsáveis por fazer a limpeza da vala não estão a fazer nada”, desabafou o gestor. Houve quem viu tudo que construiu durante toda a sua vida ficar reduzido a nada. Encontrámos Francisco Mota a “lutar” com a água para trancar o portão da sua casa, isso porque está toda alagada e não há condições para ele e sua família estarem lá. Disse ao “O País” que perdeu quase tudo, desde mobília, electrodomésticos e outros objectos e que a noite passada pernoitou em casa de familiares. “Agora, é só esperar a água baixar, para poder voltar e trabalhar para comprar outra mobília, mas a verdade é que a última vez que vi isto acontecer foi em 1977, não imaginei que isso fosse voltar a acontecer”, lamentou. Em Mapulene, as casas também ficaram submersas; “sofrimento” e “tristeza” são as palavras que mais estão na boca dos residentes daquele bairro. Numa das casas visitadas pela nossa equipa de reportagem, a proprietária, Ana Morais, explicou que a água é das chuvas que caíram em Abril do ano passado. “Já não tenho quintal, as crianças não têm um espaço para brincar, já não precisamos de comprar peixe, porque aqui, no nosso quintal, é o que tem demais; minha casa estragou-se e comecei a construir outra; não dá para viver assim, até estou a colocar entulho no quintal.” Ana Morais culpa o Município de Maputo por não colocar valas de drenagem, pois considera que esta é a solução mais adequada para o problema que, segundo a moradora, se agudizou com as “mansões” à volta da sua residência, pois fecham o caminho das águas. ENXURRADAS NA PROVÍNCIA DE MAPUTO Já na Província de Maputo, assiste-se a um cenário igualmente caótico, caracterizado por casas tombadas, muros derrubados, ruas alagadas, pessoas mergulhando na água suja, estradas intransitáveis… uma cena de “lamentar”. Em apenas um quarteirão do bairro Mozal, três casas tombaram. Por sorte, ninguém estava no seu interior na altura do ocorrido, segundo contou a senhora Carla. “Foi por volta das 22 horas que ouvimos um tombo. Saímos para ver. Estava tudo escuro, mas vimos uma parte do muro deste armazém caído. Mas, quando amanheceu, vimos que duas casas, uma de madeira e zinco e outra de alvenaria, haviam caído. As nossas só escaparam por sorte”, contou. Ao longo da Estrada Nacional Número 4, na Província de Maputo, houve também muros que não venceram a luta contra as águas. Já no bairro Liberdade, os munícipes estavam presos nas suas casas, sem liberdade de circular, tudo porque as ruas ficaram alagadas. A água invadiu, igualmente, as suas casas. O facto ocorreu numa área que será abrangida pela vala de drenagem, cuja primeira pedra para a sua construção foi lançada na semana passada e espera-se que esta resolva a situação, contudo, enquanto tal não acontece, estes continuarão sitiados. Houve situações em que famílias abandonaram as casas devido à quantidade de água no interior. Outras pessoas, dentro da água, caminhavam carregadas de sacos de roupa, cestos e outros pertences. “Eu tive medo de sair. A água chegava até ao peito das minhas crianças, em algum momento pensei que pudessem ser afogadas. É triste isto! Quero convidar a edilidade, na pessoa do presidente do Município, para vir aqui e mergulhar nestas águas, por forma a sentir o que sentimos”, disse, transtornada, uma moradora. Ficou mais complicado andar por algumas ruas e avenidas da Matola. Há sinais de perigo por todo o lado. Buracos na via pública, poças profundas, tudo provocado ou até piorado pela chuva que cai desde a última terça-feira. A edilidade da Matola fala de desafios que ultrapassam a sua capacidade. Reconhecem os desafios, virados para a construção de valas de drenagem e disponibilidade de fundos. “A chuva da madrugada de terça-feira, que foi intensa, tinha sido acomodada em função do trabalho preventivo que foi feito para o escoamento das águas. Foi intenso, mas as infra-estruturas conseguiram responder e as águas, até ao fim do dia, tinham corrido bem e todos os passos estavam acessíveis. Entretanto, com a descarga do fim do dia desta quinta-feira, o desafio ficou maior, no sentido de que todas as infra-estruturas ficaram sobrecarregadas. E como sabeis, a água também transporta consigo resíduos sólidos, garrafas e plásticos, o que compromete ainda mais o sistema de escoamento”, disse Bernardo Dramos, presidente do Conselho de Administração da Empresa de Gestão de Águas e Saneamento do Município de Maputo. Dramos diz mais: “As chuvas que caíram de ontem para hoje, em qualquer canto do mundo, nenhum sistema responde de forma imediata. O mais importante é que, havendo cheias, que é normal, natural que numa situação como esta, a infra-estrutura tenha a capacidade para que a chuva dê uma pausa. Assim, o primeiro desafio seria construir infra-estruturas de drenagem, de saneamento e de esgoto que possam ter a capacidade de responder com maior eficácia”, explicou o PCA.
O Conselho Municipal de Chimoio aplicou 100 milhões de Meticais de receitas próprias na compra de 20 novos camiões para a recolha de lixo e manutenção de vias de acesso. O Conselho Municipal de Chimoio disponibilizou 20 novos camiões, que foram recebidos com cânticos e danças pelos munícipes. A edilidade reforça, assim, a sua frota, com o objectivo de melhorar o sistema de recolha de lixo, que tem sido um dos grandes desafios de boa parte das autarquias do país. “Trabalhamos para a cidade de Chimoio, para podermos ter a…
Chuva cai, destrói e destapa fragilidades dos municípios de Maputo e Matola
A chuva que caiu nas últimas 48 horas na Cidade e Província de Maputo fez estragos. Casas desabaram e ficaram inundadas, carros pararam no meio da estrada e as ruas estão quase intransitáveis. Alguns munícipes tiveram de abandonar suas casas. Tudo começou na noite de terça para quarta-feira. Era apenas um sinal do que ainda estava por vir. Esta quinta-feira, o cenário ficou mais evidente. Na Cidade de Maputo, as fragilidades de vários bairros vieram ao de cima. Triunfo, Costa do Sol e Mapulene, bairros chamados de elite, com casas…